O presidente do Conselho Tutelar da
4ª região, Rafael Martiniano, que foi preso na segunda-feira (22), sob
acusação de omissão de socorro e desacato, afirma que policiais
militares forjaram a situação. Um vídeo gravado pela esposa do
conselheiro e divulgado em redes sociais mostra a prisão dele ao se
negar a ir a uma ocorrência. Clique aqui para assistir ao vídeo.
Na gravação, dois militares identificados como Bartolomeu José Oscar da
Silva e Maurício Benedito de Lima ameaçam prender o conselheiro e
sequer deixam ele entrar em casa para trocar de roupa.
O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Marcus Aurélio Pinheiro,
afirma que já viu o vídeo da ação e ficou chocado com as imagens. "As
imagens são chocantes, esse não é um procedimento feito pela Polícia
Militar. A PM trabalha em conjunto com os Conselhos, e nós precisamos um
do outro", afirma.
O conselheiro tutelar explica como a ação aconteceu. "Eles foram até a
minha casa e me chamaram para uma ocorrência envolvendo um jovem e
quando eu indaguei se o plantonista poderia atender a ocorrência, eles
negaram o meu pedido. Eu perguntei se podia ao menos trocar de roupa e
eles negaram novamente. Nesse momento eu me recusei a ir, e eles me
colocaram na viatura, e me levaram até a Central de flagrantes, onde foi
aberto um Termo Circunstânciado de Ocorrência (TCO). Espero que a
sindicância apure corretamente os fatos, e que os policiais que forjaram
essa situação, sejam investigados", comenta.
De acordo com o coronel Pinheiro, esse tipo de ação não deve se
repetir, e uma sindicância será aberta para apurar os fatos e tomar as
providências cabíveis. "Eu vou designar uma pessoa para coordenar essa
sindicância, e dentro de 30 dias, teremos uma reposta", disse.
Conselheiros tutelares de Maceió
realizaram, na manhã desta quarta-feira (24), uma mobilização em frente
ao quartel da Polícia Militar de Alagoas, localizado no Centro. O grupo
reinvindicava a apuração da prisão de Martiniano.
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